domingo, 26 de julho de 2009

9º Trilho dos Mouros – Dornelas

Sábado 25 Julho. Almocei às 13 horas com a família e saímos de casa pelas 14.30 rumo a Sever do Vouga, a cerca de 190 kms de Porto de Mós, para me estriar nesta corrida de montanha Trilho dos Mouros. O objectivo era chegar a Dornelas (local de chegada da prova) antes das 17 horas para poder apanhar o autocarro que transportaria os atletas para Sever do Vouga (local de partida da prova). Oito kms separam estas duas povoações. A prova estava marcada para as 18 horas. Em Dornelas não havia informações nem vontade que pudesse esclarecer os atletas que já suspeitavam que algo não estaria bem. O tempo foi passando e autocarro nada. Deu para assistir à partida dos Caminheiros, e a uma muito mal organizada prova de Benjamins que contou com os atletas em espera para cortar e controlar o trânsito. Às 17.45 lá chegou o autocarro que sendo único não deu para levar os cerca de oitenta atletas que ali estavam à espera sendo necessário fazer segundo frete. E posso afirmar que “frete” é a palavra adequada ao pessoal organizativo que com os atletas convivia directamente. Quem ficou para a segunda remessa (palavras de um senhor de mau modo que parecia da organização de Dornelas) pode comprovar que não havia estima por nós atletas. Por certo foi a viagem mais rápida que um autocarro fez entre estas duas povoações, e estou a falar de uma zona serrana. Chegados à zona de partida os atletas foram informados que a partida iria ser dada dai a 5 minutos. Tudo bem mas faltava ainda levantar o dorsal e se houvesse tempo fazer aquecimento. À pressa tudo foi feito, e ainda consegui esconder o envelope onde vinha o dorsal e um série de panfletos turísticos da região que poderão ser úteis em outras ocasiões. A partida foi feita pelas 19:20. O percurso foi do meu agrado delineado na serra do Arestal, e parecia estar bem balizado, de três formas, fita pendurada nos arbustos, setas pintada a vermelho no alcatrão e pintas laranja florescente em algumas rochas no solo. No entanto não evitou uma série de enganos, o balizamento era escasso e pouco visível onde seria mais necessário. Uma hora e vinte depois cheguei à meta, exausto e com os gémeos completamente arrasados. O meu peso excessivo e o desgaste da última descida deixou-me de rastos. Mas estava contente com a minha prestação. Recebi o saco com a t’shirt e produtos que poderiam ser regionais (se não fossem espanhóis), que a minha filha de 4 anos devorou com a fomica que já tinha. Fiz ginástica e alongamentos de recuperação e dirigi-me aos balneários para tomar banho. Mais uma surpresa me esperava. Supostamente alguém se teria esquecido de ligar a água não havendo banho possível. Outros atletas usaram o que encontraram para se lavarem, torneiras, água do lavadouro, outros nem se deram a esse trabalho. Eu procurei o ribeiro por onde tinha passado 500 metros antes da meta, e junto ao Parque de Merendas “Além do rio”, enfiei-me no ribeiro e tomei um belo banho de água fria que ao mesmo tempo ajudou a recuperar as dores musculares. Estaria atrasado para o Churrasco, marcado para as 20 horas, se este não tivesse começado pelas 21.15 depois de todos os prémios entregues, já noite dentro e sem iluminação suficiente. Voltou a notar-se que os atletas não estavam a ser bem acolhidos. A senha que dava acesso ao recinto desportivo descoberto, foi visionada por duas vezes, para que se tivesse acesso a um copo de bebida, dois pedaços de broa e dois pedaços pequenos de frango. Um colega até frisou que as pessoas da organização pareciam ter sido obrigadas a estar ali, e que nos estavam a “aturar”. Como atleta e organizador de alguns eventos desportivos tenho que lamentar todas as atitudes menos próprias que os organizadores deixaram que acontecessem ao longo deste evento desportivo que auto-anuncia uma festa, inclusive inserido nas festas do concelho de Sever do Vouga e do FICAVOUGA 2009. Os atletas nunca foram informados do que se estaria a passar, seria fácil fazê-lo até porque alguns elementos da organização usam walk-tokes para se comunicarem. Tendo em conta todos os atrasos e falhas registadas, a informação aos visados (atletas) teria diminuído os “danos”. É de lamentar uma organização com nove edições no currículo, apoiada pela Câmara local, Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada, Terras de Aventura, e A.C.D de Dornelas, e a contar para o Circuito Nacional de Montanha, com a logística liderada pelo Prof. António Matias, mítico organizador deste género de provas, se desinteresse quase completamente pelos atletas. E digo quase porque alguém se preocupou em receber os 5 euros de cada atleta presente. Desde o almoço até voltar a comer alguma coisa passaram 8 horas, e se não fosse corajoso ao ponto de tomar banho na água fria do riacho faria mais 190 kms de regresso a casa onde poderia então tomar banho. Não fosse duas bifanas que comprei no recinto da igreja de Dornelas, também chegaria a casa com uma enorme vontade de jantar Possivelmente a prova irá ter um grande decréscimo de participantes no próximo ano, mas não se admirem. Quem me manda ir onde não devo e onde não me querem!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

6ª Corrida do Almonda - Torres Novas

Decorreu ontem de manhã a prova a quem o rio deu o nome, Almonda. Sob um sol muito quente 241 atletas percorreram os 7 mil metros do percurso muitas vezes ao lado do leito do rio.
Antes desta prova decorreram as estafetas para os mais novos que motivados pelo público entusiasta presente deram tudo por tudo e fizeram belisimas corridas. O Prof. Raúl e sua equipa demonstraram mais uma vez saber aproveitar todas as capacidades humanas e desportivas que Torres Novas tem para oferecer em prol do desporto e tempos livres. O Jardim das Rosas e o complexo das piscinas estão bem centrados para a oferta desportiva e lúdica que foi proporcionada a todos. Parabéns pela iniciattiva.
Foi o meu regresso às provas após 50 dias afastado por lesão. Revi inúmeros amigos desta simpática modalidade, estive à conversa com os amigos António Azedo (61º), Luis mota (20º), e felicitei o Anibal Godinho (91º) que participou no fim-de-semana anterior na prova mais dura e dificil realizada em Portugal, o Ultra Trail Serra da Freita em Arouca, com 60 kms e no qual se classificou em 31º lugar com 8 horas e 44 minutos.
Quanto às classificações dos atletas do A3C ficaram assim: 22º Gonçalo Brito 11º sénio com 24.22; 35º Joel Marcelino 6º Vet.2 com 25.36; 150º Victor Ferreira 26º Vet.2 com 30.49.
O vencedor da prova em masculinos foi Ricardo Abreu com 21.34, seguido a 6 seg de Nelson Silva, e a 17 seg por João Vieira a fechar o pódio. Nas senhoras vitória para Eunice Tavares com 27.52, seguida de Vanessa Rosa com 30.10 e em terceira ficaria Ana Margarida com 31.42.
Por equipas vitória para o conjunto de Boavista do Pico; 2º 2APombal; 3º CA Barreira; 4º União de Tomar e 5º CCD O Alvitejo.

sábado, 4 de julho de 2009

Volta à França em bicicleta

Iniciou-se hoje 4 de Julho a Volta à França em bicicleta, considerada por muitos do meio ciclistico como a melhor do mundo. Para os amantes do ciclismo como eu, é altura de ver as maiores vedetas da modalidade a lutarem pela camisola amarela, símbolo de líder da prova.
Vamos também acompanhar os nossos compatriotas, Sérgio Paulinho e Rui Costa, dois ciclistas portugueses a correr por equipas estrangeiras. Não podemos esperar muito deles, pois iram servir os seus lideres e respectivas equipas. Boa sorte aos dois.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

UltraTrail Serra da Freita

No próximo domingo realiza-se a prova de atletismo mais dura e ao mesmo tempo mais bela que se traçou em Portugal. A UTSF, UltraTrail Serra da Freita, quarta edição. A serra da Freita, perto de Arouca, será o palco desta inédita iniciativa da Confraria Trotamontes, através dos conhecimentos do seu Grão-Mestre José Moutinho. Com um percurso do “piorio” que se possa imaginar, basta dar uma olhadela às fotos, não há quem resista a não participar na prova, nem que seja para experimentar. Com uma distância de 60 kms, proibitiva para a maioria dos mortais, ainda se encontram umas boas centenas de corajosos e aventureiros, os chamados carinhosamente de ULTRAS, porque se trata de uma UltraMaratona. A verdade é que se trata da melhor forma de conhecer esta belíssima serra portuguesa. Inicio e chegada no Parque de Campismo do Merujal, com passagem por locais inesquecíveis como Mizarela (maior queda d’água vertical portuguesa); gestoso; Parideiras (local das pedras parideiras); Tebilhão; Rio Frades; Trilho dos Incas; Covêlo do Paivô; e os rios de água límpida. Que saudades! Eu pessoalmente não a conhecia, e em boa hora resolvi inscrever-me e participar no ano 2008. Adorei participar, ver todos aqueles atletas pela serra, todas aquelas pessoas também a caminhar, outros tomando banho naquelas águas límpidas. Um verdadeiro paraíso até então desconhecido. Este ano estou lesionado e não poderei repetir o êxito do ano anterior em que durante 8 horas e meia me diverti, me espantei, me entusiasmei, e muito sofri, a verdade é que só se conhece as nossas capacidades quando as colocamos à prova. Era meu objectivo para este ano retirar uma hora ao meu tempo anterior. Parece mesmo é que terei de deixar de fazer provas com grandes distâncias para pena minha. Desejo a todos os participantes da família Ultra na serra da Freita o maior sucesso. Fico por fora a “roer-me” de inveja. Um abraço a todos, em especial ao “grande” José Moutinho, nunca esquecendo o grande Memorial a Sálvio Nora… Confrade V.Ferreira