segunda-feira, 3 de maio de 2010

Serra da Freita - 2ª parte

Dia 2 de Maio foi realizada a 2ª parte do Free-Running da Serra da Freita, 35 kms, feita pelos Srs. da foto. Inicio pelas 10.20 da manhã para terminar 9 horas e 32 minutos depois.
Foi uma média impressionante de 16 min/km incluindo paragens para comer, beber, tomar banho de rio, e conviver com habitantes das aldeias serranas por onde se passou.
Inicio no alto da Coelheira, junto às eólicas, rapidamente entramos no Trilho dos Incas.
As belesas paisagisticas foram se sucedendo umas após outras. Após o Candal subimos durante 3 kms por trilhos de pedra até ao ponto mais alto deste treino, cerca de 1.095 metros. A vaca arouquesa fez-nos companhia durante a travessia do planalto.
Nova descida com obstáculos próprios para impedir a passagem do gado para onde não deve.
A determinada altura o Santos chamou a atenção para um ninho no interior de um muro de pedras sobrepostas. Tratava-se de um ninho de Rouxinol.
Passagem por mais uma aldeia da qual não me recordo o nome.
Mas correr debaixo de uma parreira pela rua principal da aldeia, só na Freita.
O que tanto receio criou no 1º treino, na Páscoa, a travessia do Rio Teixeira.
Corria calmo no seu leito de pedra. Todos tivemos que molhar os pés mas soube muito bem.
Após mais uma hora metidos na mata em subidas e descidas descobre-se à nossa frente mais uma aldeia, previligiada na paisagem que a envolve.
Depois de mais uma dura e longa subida, ao fazer uma curva, surge o abismo a nossos pés.
À nossa frente surge uma espécie de paraiso de que não esqueci o nome, Lomba.
Uma maravilha da natureza. O Moutinho falava com paixão deste local, agora percebe-se porquê.
Descemos em direção a Lomba e ao chegar ao ribeiro que passa no vale não resistimos a entrar e tomamos uma banhoca.
Eu tinha lá ficado mais tempo mas tinhamos de ser "velozes".
Subimos então para a aldeia e no centro desta descobrimos um local chamado "Gruta da Lomba", era o Café da aldeia onde tomámos uma bebida e fizemos amizade com o dono.
Para a próxima vamos ali petiscar.
Lomba vista de vários angulos.
Deixamos Lomba e voltamos a trepar a serra.
Agora vamos em direcção a Côvo.
A subida é longa.
Chegamos ao planalto e dirigimo-nos para Albergaria.
Antes passamos pelas "pedras parideiras", muito conhecidas.
Descemos novamente e encaminhamo-nos para outra pérola da Freita, a Frecha da Mizarela.
Fica mais uma foto dos 5 "loucos" com a Frecha da Mizarela como fundo.
Descemos rápido por um trilho sinuoso e técnico e passamos por uma pequena cascata.
A descida continua já com os "calços" a travar mal.
Lá no fundo passamos mais uma ponte. E agora chega a última subida do dia.
Sempre a subir até ao alto da Mizarela, o Santos adiantou-se enquanto o Moutinho passava por dificuldades. Eu ia como peixe na água e tirava fotos de qualquer maneira a tudo e a todos.
Esta foto mostra a dificuldade do terreno, aqui o Moutinho já vinha em "Sprint".
É de facto uma maravilha.
Para terminar devo dizer que estes pequenos animais foram esquecidos na Freita.
No entanto fazem parte desta paisagem deslumbrante que é a Serra da Freita.
A prova, UltraTrail Serra da Freita, com 70 Kms será realizada no dia 27 de Junho.
É a prova mais dura mas também a mais linda que se realiza em Portugal.
Obrigado José Moutinho!

1 comentário:

  1. Amigo Vitor,
    Parabéns pela reportagem fotográfica e não só.
    Foi um Domingo inesquecível. Só quem por lá andou é que sabe do que é que estou a falar. Realmente a média de +- 4Km/h parece pouco mas nós sabemos que foi muito bom. Claro que hoje até abrir e fechar os olhos me dói ... mas amanhã isto passa e a recordação fica para sempre. Tenho que lá voltar rapidamente.
    1 Abraço e até breve
    Carlos Rodrigues

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