O vento no Laminha

Hoje sai de casa pelas 9 horas munido da câmara fotográfica disposto a fazer o levantamento fotográfico de todo o percurso do Laminha. Estavam 0 graus e o vento soprava superior a 110 km/h. Embora equipado a rigor os primeiros minutos foram de grande incómodo pelo frio que se fazia sentir. Notei que o vento já tinha feito estragos em telhados e partido inúmeras braças de árvores. Ao longo do percurso constatei que muitos pinheiros tinham sido partidos pelo vento, nomeadamente aqueles que estavam secos pelo nemátodo. Coloquei aqui algumas fotos que descrevem a beleza da paisagem e ao mesmo tempo a força da natureza.

Também se pode ver que o vandalismo por alguém a coberto da cobardia, fez estragos no trabalho de outros. É pena que assim seja! Durante duas horas lutei contra o vento, mas soube sempre respeitá-lo. A sua grandeza e invisibilidade assusta e prega partidas. Dentro das matas mais densas o barulho que ele provocava fazia lembrar o inferno (como se fosse possível), e a atenção aos arbustos era triplicada. Foi graças ao vento que subi rápido uma subida que costumava fazer lentamente, senti que poderia voar se quisesse!