domingo, 30 de maio de 2010

4ª Corrida ao Farol

Hoje decorreu a 4ª Corrida ao Farol, da aldeia da Burinhosa ao farol de S. Pedro de Moel, na distância de 14.500 metros.

O percurso desta prova é uma das atracções principais por decorrer em boa parte à sombra no pinhal mandado plantar pelo nosso rei D. Dinis.

Com partida junto ao parque de campismo e caravanismo tendo passagem pela Associação organizadora seguindo pelo pinhal, agora com uns 3 kms desérticos de arvoredo, para depois entrar numa zona arborizada junto ao leito da ribeira de S. Pedro, que inclui um vasta área de parque de merendas. A parte final é percorrida na ciclovia até à meta instalada junto do farol e coincide com a marginal, com o mar e praia como paisagem,

Após a partida juntei-me na retaguarda do plutão, onde sempre me mantive até final. Foram meus colegas de prova o Luís Conceição até aos 8 kms e o Francisco Esperança durante toda a prova. Tanto eu, a recuperar da Ultra realizada no domingo anterior, como o Francisco, vindo de uma lesão demorada a recuperar, imprimi-mos um ritmo lento próximo do 5’ ao km. A parte final foi feita já mais com o coração do que com forças e vontade de correr, mas a missão foi comprida em 71 minutos.

O retorno à zona de partida foi assegurado pela organização em autocarros, deixando os atletas às portas da Associação organizadora onde se pôde tomar um agradável duche.

A segunda atracção consiste no excelente almoço proporcionado pela organização a todos os atletas presentes.

Para tornar a prova mais atractiva a organização distribui prémios aos três primeiros da geral, e aos cinco primeiros de cada escalão. As dez primeiras equipas também são premiadas. Os prémios são uma réplica do Farol, não existindo prémios monetários.

A Organização a cargo do C C R D Burinhosa mais uma vez esteve em bom plano merecendo uma boa nota pelo seu desempenho. Não mostrando luxos nem vaidades, mas sendo humilde e trabalhadora montou uma prova onde o básico foi garantido. O tempo quente não foi problema, tendo esta organização montado seis zonas de abastecimento com água ao longo de todo o percurso mais a zona de chegada.

Por apenas cinco euros, além da inscrição na prova, teve-se direito ao almoço, ao duche, a uma t’shirt, e um bonito medalhão.

O convívio final faz desta prova uma festa a repetir ano após ano com agrado.

Inscritos duas centenas de atletas dos quais o mais rápido foi Gil Ferreira nos homens, e Sara Brito nas senhoras.

O A3C fez-se representar com quatro atletas, Joel Marcelino, 9º da geral e 2º M40; Pedro Ferreira, 92º da geral e 31º sénior; Victor Ferreira, 138º da geral e 27º M40; e Francisco Esperança, 139º da geral e 29º M50. A equipa quedou-se pelo 14º posto.

Um muito obrigado à Organização e parabéns pelo magnífico desempenho.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

III Ultra Trail Geira ou Via Nova Romana

A família acompanhou-me e divertiu-se também. A Emília até tomou banho de piscina. Antes passámos pelo Bom Jesus de Braga e foi agradável ver a alegria estampada no rosto de cada um.

Quando cheguei a Caldelas já vinha maravilhado com as paisagens minhotas.

O bom ambiente que se vivia ajudou a contagiar atletas, familiares e amigos. E este são convívio manteve-se durante todo o fim-de-semana.

Após depositar o equipamento no local do “solo duro” para se passar a noite, fomos até à beira do rio Homem fazer o nosso jantar.

Voltámos a Caldelas onde nos juntámos aos amigos da equipa dos “Abutres”, que tal como nós, viviam um fim de sábado agradável e descontraído e animavam os amigos com o bom acolhimento à “Miranda do Corvo”. Eu aceitei o convite e bebi com eles uma cerveja (já não sei quantas lhes devo). É uma equipa unida e com um espírito atlético invulgar nas equipas de atletismo. Obrigado Abutres.

O nosso compatriota Mourinho venceu pela segunda vez a Taça dos Campeões Europeus (futebol) e deixou toda a malta orgulhosa.

A noite terminou depois no auditório de Caldelas dentro dos saco-cama onde tentei dormir, tarefa que se tornou impossível devido aos inúmeros “formulas um” que estavam na sala e não pararam de acelarar… Impossível dormir passei a noite a descansar. Faltou o aparelho para colocar nos ouvidos a barrar a entrada de som…

Pelas 6 da manhã foi o alvoroço. Sai disparado da sala, fui ao carro pegar uma toalha, e segui rua acima até onde passava uma levada de água limpa. Lavei-me refresquei-me e tentei recompor-me da noite em claro.

Tomei o pequeno-almoço, vesti o fato de corrida, e fui ao auditório despedir-me da família.

Segui caminhando rua acima até à piscina de Caldelas. Reparei que alguns atletas acamparam por ali e até no relvado da piscina. Logo percebi a enorme asneira que cometi em não fazer o mesmo pois tinha a tenda no carro. Dirigi-me ao autocarro programado para levar os Ultras-atletas até Lóbios onde seria dada a partida.

Depois foi o “Romano” Moutinho e o grande “César” Ribeiro que nos ofereceram 50 kms de pura adrenalina. E digo isto por a prova me ter corrido ao contrário das minhas previsões.

No início estava descontraído e parecia correr tudo bem. Logo após a partida depois do tradicional juramento "Avé Cézar", um revés no plutão, o amigo Adelino era obrigado a desistir por problemas de saúde. Espero que esteja já recuperado.

Na companhia do amigo Vitorino, fiz os primeiros kms, foi quando dei conta que o meu camelback estava a verter liquido. Primeira paragem para verificação do material. Estava roto. Não havia nada a fazer. Continuei prova e recuperei a posição junto do Vitorino. Ao passar a fronteira já ia completamente molhado em toda a retaguarda, até tinha as meias ensopadas devido à fuga do meu abastecimento e quase sem abastecimento líquido. O camelback agora servia apenas para transportar as barras de cereais e fazer peso. Tentei evitar não me incomodar com a situação… Missão impossível!

Os kms foram passando. Junto da barragem segui em frente pelo estradão não vendo que a Geira era à direita para baixo junto à margem da barragem. Quem me mandou ir pela sombra?

Ao dar pelo engano já tinha percorrido mais de um km, lembrei-me das palavras do Moutinho no início. Mas como fui logo eu enganar-me? O Vitorino queria cortar serra abaixo e entrar no trilho, mas eu preferi voltar atrás e ver o que me tinha escapado. E fiz bem pois logo ali na descida estava o posto de controlo. Perdi cerca de 15 min. que deu para deixar passar atletas sem os ver! Encontrámos logo de seguida o António Miranda que também ele ao enganar-se procurava o CP para registar a passagem.

Até aos 20 kms fui aguentando a passada com o Vitorino, apanhámos o Lamas e o José Brito e o grupo destes. Aos 25 kms fiquei apenas na companhia do Brito. E até final ajudámo-nos mutuamente a ultrapassar as contrariedades, a maior o calor, a falta de força e vontade de correr.

Cruzei-me várias vezes com ciclistas da Cruz Vermelha e nos abastecimentos estava sempre uma ambulância. Uma situação que nunca tinha verificado numa prova de atletismo. Muito bem. Uma lição a retirar para o futuro.

Tentámos seguir com alguns atletas que por nós iam passando mas foi sempre tarefa ingrata. A dor que sentia no joelho esquerdo ia-me atormentando e tornando um sacrifício cada passada que dava em direcção à chegada.

A passagem por nós da grande Campeã Analice, 66 anos de idade, fez-nos comentar o quanto mal estávamos. Ganhámos coragem e conseguimos correr parte dos últimos 10 kms. O que deu para ultrapassar vários colegas atletas.

O amigo Joaquim Adelino, já recomposto, estava a ajudar os atletas na fase terminal da prova. Obrigado amigo, aqueles goles de água fresca foram sagrados.

A parte final já com a meta à vista foi a consagração final de uma prova de grande sacrifício terminada na companhia de um bom amigo. Obrigado José Brito.

Descansei um pouco no relvado da piscina, onde a família ficou satisfeita pela minha chegada. Coloquei a conversa em dia com os presentes.

Estava a precisar de uma massagem mas pediram-me para tomar banho primeiro. Foi o que fiz. Quando voltei com o banho tomado o pessoal das massagens já lá não estava. Tinha ido embora. Mas porquê?

Fui almoçar como programado e embora não tivesse muita fome a oferta de comida era apenas Bacalhau, o que até é bom, mas também não havia imperial, nem sobremesa, nem sequer máquina de café. Por serem quase 17 horas penso que também merecia o almoço, pelo menos a inscrição que paguei dava direito a tal. De qualquer forma foi positivo e agradável fazer a Geira Romana e fica o agradecimento à organização nas pessoas do José Moutinho e do José Ribeiro (que não via desde a Volta ao Minho em terras de S. Martinho do Porto), sei que se esforçaram ao máximo para solucionar as várias complicações que foram surgindo. Um abraço aos dois.

Sai de Caldelas e fui para o Gerês, passei por locais paradisíacos. A família brincou e rejuvenesceu com tudo o que viu.

Acampámos por duas noites em locais distintos, e chegámos a casa na terça-feira.

Agora a aventura continua com a Ultra Maratona da Freita, 70 kms, e o objectivo de ser "Finisher".

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Caminhada em Gondramaz

Domingo, 16 de Maio, pelas 13 horas o grupo de caminhantes na foto
deslocou-se à bonita aldeia de Gondramaz, na serra da Lousã, no
concelho de Miranda do Corvo, para percorrer parte dos trilhos
parasidiacos desta vertente serrana.
As imagens que se seguem descrevem o sentimento
vivido pelos intervenientes.
de salientar que ainda se viram dois veados.
Um sucesso.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Caminhada

Ontem estava combinado uma caminhada pela zona envolvente da Fórnea, Alcaria - Porto de Mós, e como combinado aconteceu mesmo.
Os mais receosos da meteorologia, medo que chovesse, ficaram em casa e não poderam partilhar da alegria que o restante grupo viveu durante as 3 horas e meia pela serra de Aire.
As fotos documentam a alegria que contagiou o grupo e que fez até o sol raiar.